sábado, 1 de novembro de 2008

ANDALUZ AURORA DEMOS

O Velho e O Mar
"Era menino e achei que meu pai fosse Deus, foi quando eu mergulhei no mar pela primeira vez. Meu corpo uma ilha cercada de ondas que arrebatam homens ao sabor dos ventos. Na ágora o quase poente da eterna noite, não fosse a providência no afago de teus braços fortes em minha dor lavada que se estende ao Sol, pois o tempo só avara a quem não sabe esperar. Senhor da razão, pai da criação na eternidade daquele instante fugaz em que singravam águas borrascas de vento amigo a proclamarem no mais agradável dos sonos telemaquias minhas a meu herói forasteiro e, envolto em manto esplêndido no ventre da natureza-mãe que no peito alberga um coração de ferro, sou acolhido na noite divina e aquecido pelo clarão da chama no coração materno do Sol que levanta e cedo madruga a fazer o barco da sorte aprumar. Já que o medo também é força nos cabos da tormenta e o belo mar, generoso, se compreendemos a força que temos, ricocheteia, a boa esperança, os dentes podres da bocarra desditosa de quem se atreve a fazer troça do velho por sua inestimável bondade de nunca mitigar a verdade. Culpe minha língua gorda de insultos que me escaparam à boca fechada e me perdoa por não saber o que dizia ao praguejar insolência a teu exemplo de vida. A voz enlouquecida de um bêbado, um brinquedo quebrado nas mãos do ventríloquo até quando eu desenhasse na areia com olhos de criança o mundo e aos montes me chegassem moedas ao chapéu deste nobre vagabundo. Tudo o que você me ensinou é certo, eu precisava lhe dizer isso. Pois se eu falhasse, seria apenas uma lágrima, a enxugaria como ao suor do teu rosto e se eu caísse do chão eu me levantaria porque eu não vou te decepcionar, nem vou me render. Sei que não posso parar o tempo ou tampouco voltar atrás, mas te peço que realmente acredite nestas palavras que eu digo neste paradoxo de tempo e lugar onde rebelião é sopro de vida. Bálsamo que cura e seca a minha dor... Porque quanto mais vida afora eu caminhava a procurar o caminho de casa, o lar perfeito das lembranças de infância, mais eu sabia que não voltaria atrás. O vasto mundo parece cinema, paraíso dos sonhos, manjedoura da vida. Ópera em palco de épicos dramas que só a nós cabe chorar e atravessar os abismos da alma que nos levam aos campos eternamente floridos das nossas alegrias fecundas..."



Lótus (acústica)
"Sou um mero ninguém com estrelas nos olhos. Luz de vela ansiosa que inspira um aedo quando o passado e o presente não têm importância - só o agora, presente em doce fruto no lótus. E a Lua incita um feitiço, debulha luz na aurora do fumo e lava em erupção a cingir o tear azul como um ferro em brasa na caldeira quente: falo de um Deus que vinga os suplicantes que melindram as sombras noturnas que cobrem uma côncava gruta, então domadas as chamas de carvão que ainda adormecem o desabrochar na rosa dos ventos que entretém o fogo a volver o nascente, eterno, em busca do perdido tempo. E confesso que vivi a solidão de cem anos nas desleixadas memórias das minhas putas tristes pois, de ora em diante, hei de perder toda a timidez a fim de encontrar as exatas palavras que vagam em meu espírito, de onde geme um tolo segredo deste coração alquebrado toda vez que desfacele e me umedece a face com a água que lavamos nos pés todos os nossos pecados enquanto haja quem ouse, versado em distrações infinitas, persuadir-nos à audácia no coração a dissuadir-lhe da própria força nascida do lodo que é a provação, onde descansa este bufão maluco ou recatado rei, pois quem eu sou já nem sei. E que nossa paixão seja sempre como um déja vù, devir eterno a lembrança que havemos de reviver no melhor auto-retrato da nossa saudade e do quanto eu penei madrugada adentro para ver você raiar tão bonita quanto a primeira vez que me vi nos teus olhos, a mais bela flor no jardim que desponta na minha memória. E é quando o futuro me acolhe o presente emoldurado no laço de teu sorriso quente..."



Jingle
"Após caminhar dias e anos, vislumbrou o que tanto almejara. Catou um punhado de lembranças, conteve a euforia. Não se reconheceu nos antigos retratos do passado remoto. Remontou velhas amizades, se indagou até que ponto verdadeiras. Lamentou rancores, redimiu enganos, celebrou a inocência do ontem. Por um instante sorriu, nada tinha a menor importância. O tempo despira a fantasia nos uniformes caricatos e nas emoções sucateadas das vítimas da mídia. Eternamente à procura de um trem que partiu sorrateiro, alheio ao tique-taque surdo de teu relógio atrasado. Algumas vezes se sentiu só e perguntou a si mesmo por quê continua a caminhar nesta estrada perdida. Enquanto sacia a sede, estranho à pressa de quem prossegue ensandecido na certeza cega da mais nova mentira que não se compra. E quando seus sonhos não valem pouco, eles nunca envelhecem. Mas para levá-los adiante, só mesmo sendo um palhaço louco. É aí que você amadurece, não se iguala à corja de hipócritas nem se vende por micharia onde os perdedores alcançam a vitória. Aparte aos modismos, o dinheiro sujo do mafioso banca o ego do iludido, a ostentação do bajulador e a picuinha do invejoso. Inebriados pela vaidade dos aspirantes a gloriosos na imensa fila até serem nocauteados pelo próprio cansaço. Libertados do paraíso ilusório do reclame na tevê. Um céu de diamantes repleto de vagalumes e estrelas de plástico... Pois jovens são cheios de verdades absolutas, afetadas arrogâncias. Quanto mais velhos, menos seguros das próprias certezas. E música é mero item pra bacana empoeirar na sala de estar. No corredor, em direção ao escritório, o carcamano artimanha a megalomania marketeira das farsas e trapaças do mundo do roque, maquinando clones, nossa mais sincera forma de elogio: a rebeldia fake alucinada do rebanho de ovelhas negras desgarradas. Por isso não acredite no que mentem para você o tempo todo. Viva à sua maneira, cante uma canção que fale da sua vida. Comemore toda pujança em meio a uma confraria de alcoólatras. Celebre a alegria da vitória numa euforia melancólica, desencantada. Dispa-se numa só vez dos personagens das noites solitárias: heróis arruinados, superamigos invisíveis e inimigos de infância. Esqueça os que se perderam no tempo, nunca estiveram do seu lado. Realmente nunca acreditaram em você, enquanto você batalhava. Deixe-os lá atrás junto à ladainha de vagabundas e de desafetos. Iguais aos que rastejam em busca da fama para saciarem os egos flácidos nas lendas e histórias dos superfreaks no viés da cultura pop. Não vou negar a mágoa, nem vou negar a dor do factóide roquestrela. Rei da ilusão, rei da multidão, rei da solidão... Mitômano de si mesmo, das legiões imaginárias a lhe povoar a mente. Rei da covardia, senhor da grosseria, mestre da ironia... E se tudo o que já viveste for um filme bem diante de seus olhos, afaga com carinho teu desapego, já que a vida é a matéria dos sonhos..."



Sonata ao Luar (Elétrica)
"Eu te fiz esta canção para lhe dizer que não aceito hesitação, tampouco dissimulação. Assim te tenho mais perto, bem mais perto de mim, como não pudesses partir. Guarde-a junto ao coração... Afaga esta cantiga em português arcaico, pintada de memória das galeria de algum museu. Sortida em rimas pobres, canção fora de moda carpintada pelas mãos deste homem rude aqui. Humilde cantador, mudo; aprendiz de poeta, sem palavras - esquecidas no passado, resgatadas no presente. E se não podes estar aqui, guarde-a junto ao seio qual a prece em teu amuleto. Só peço que tu não te esqueças de tudo aquilo que eu não esqueci... Quando você partiu, pintei de cinza meu céu cenográfico e mergulhei na escuridão da noite, mas sei que a Lua vai brilhar! E quando eu te reencontrar na esquina onde o acaso mora, traga a mesma chama nos olhos, porém ainda mais radiante. Assim veremos seus pares no céu e fugiremos como vampiros porque o dia há de raiar um brilho eterno que só se sente de olhos fechados e a luz que deles irradia acalenta toda saudade, traz sentido à fé no futuro e assim re-aprendemos a sonhar... Venha ver as estrelas no céu em chamas da bela manhã que nasce. O brilho fascinante dela colorindo a noite escura como a bela melodia que te afaga na infância, tua memória mais bonita desenhando novos sorrisos. Escolha a estrela mais bonita do céu e tudo será seu. Tudo o que vem de lá é bom, até a chuva que cai em véu..."



Sol Negro
"Meu coração é vermelho, quente como um raio de Sol que pulsa do coração da Estrela. A tua boca é vermelha --saliva ardente, lava de um vulcão. Confia em teu coração... A boca de mulher adorna um sorriso, no peito bate um coração de menina. E a tua respiração ofegante me diz tudo aquilo que eu quero ouvir, pois dos teus olhos vejo duas labaredas, quentes como a chama nos teus lábios. É lava, mergulho em plena cratera deste vulcão chamado coração. - Deixa o Sol sangrar o céu da noite..."



Luna
"Barret empurra seu carro de compras no corredor vazio da escola, canta aquela canção de um único acorde e balbucia sempre o mesmo verso. Sentia-se só no reformatório e não pensou que seria assim tão fácil ignorar o remorso de tua dedicada compaixão que desata os nós da razão. 'Mas quando eu enlouqueci, tu nem vieste me ver. Não queria te ver partir, mas nem quiseste saber e, se me fizer de louco, você nem vai perceber que não somos tão diferentes assim...' Murrah dá um passeio pela praia, traz mais uma canção em sua arca perdida repleta de diamantes loucos. Alheio ao formigueiro humano, procura estrelas deixadas no fundo do céu escondido em alguma cratera lunar, encontra a luz bem no coração do Sol, mas só pode senti-la de olhos fechados. 'É o rumo da tua nau perdida no tempo, no mar revolto desperto pela Lua cheia de teus pesadelos terríveis durante a noite até a vazante despertar sorrateira a te acordar depois da travessia como se nada tivesse acontecido...'"



Cactus
"Logo que desponta a Aurora, madrugadora dos dedos róseos que tingem o palatino do céu, teatro da aventura humana, a abóbada se enche de cores em matizes que nunca se repetem. Solerte é um poema marinho o raiar nascente neste mar esplêndido, ancião das águas que jamais se cansa e sai das ondas quando o Sol avança no vasto dorso de onde rompe a Aurora, já que a vida é um eterno agora. E ainda que o Sol da manhã se recusasse a brilhar, daqui ergueria minha chama e assim removeria montanhas, já que a luz que brilha dos teus olhos é o que me guia na escuridão que de suas sombras se despe a noite, velha manta no marulhar das ondas. Eis nossa fé que não nos abandona, nem arrefece o fulgor no olhar da Lua Nova que nos vigia, anjo bom que vela o meu sono pois, se sonho um sono justo, é do poente o oceano em repouso na parábola anciã do mar que se anuncia no horizonte..."



Beladona
"Há uma fanfarra tocando na minha memória. Não tente captar o olho no furacão, seu ricochete afugenta saltimbancos se te capturar em cheio o olhar. Nem subestime toda simplicidade porque teu coração é o melhor de você... Não ouse tentar domar este cavalo selvagem! Há um filme rodando em minha mente. Compram-te a simpatia com flores de plástico e mudam as regras do jogo sem lhe avisar. Marionete circense de cidade em cidade até perceber-te bancando o tolo. Ignore o canto da sereia... Tu te precavejas da beleza de toda flor selvagem! Há um disco soando em meus ouvidos e, quando a música nos toca a alma, somos os homens mais velhos do mundo: neandertais reinventando a roda, reis da idade da pedra, três garotos imaginários... Nossa banda pode ser nossa vida: pão, circo & canções-de-ninar, anciãos em seus jogos na praça... E a molecada rumo ao show de rock me lembra como tudo começou. Há uma banda pulsando em meu coração..."



Zelig
"Se olhe no espelho e encare o estranho. Você nunca vai reviver o passado, pois não pode afagar nos braços uma memória, apenas algum retrato amarelado. E você pode até pintar um quadro, emoldurar o meu retrato ou desenhar uma caricatura, mas sabe que não estou ali. Agora se inscreva no show de calouros. Vista seu uniforme predileto, depois me diga com quantas cópias se faz um original. Especule o que quiser. Nada se cria, falou o sósia do Chacrinha. Até Elvis competiu com seus clones, ficou em nono lugar no concurso. Então sou Didi, Dedé, Mussum e Zacarias no concurso anual em Liverpool. Quantos não querem ser John Malckovitch... Sete faces do Mandrake de araque da sessão da tarde. Esquizóide factóide, andróide paranóide, personas folclóricas, escolas de escândalos... O teatro absurdo do cotidiano. E na verdade tudo isso é culpa do meu irmão gêmeo, fomos separados na maternidade. Nos conhecemos em um programa de auditório, mas ele é um cara muito louco, rei da canastra. Reformou um Maverick à la Bruce Wayne, depois vestiu sua fantasia de Batman mas, quando fui buscá-lo no asilo de loucos, me falou numa lucidez desconcertante: 'Mimetismo pop é muito divertido. Quanto mais me expuser, menos tu irás me ver. Sou um reflexo amplificado do que a sua visão consegue captar: um espelho. E quanto mais alto eu for capaz de gritar, menos tu irás me ver. Não importa quantas vezes eu mude o meu nome, eu só posso ser eu mesmo...'"



Peixes de Briga (Overall)
"Sabe, faz muito tempo! Já nem olho para trás, mas procurei nas perdidas amizades a irmandade que só poderia comungar com você. Como nos tempos idos de nossa tenra infância: dos catataus cheios de gás correndo atrás de diversões com as cores que só a inocência pinta. Pois se é da memória que se compõe a nossa alma e a juventude, ilusão de eternidade, o presente é um riacho contínuo que nos carrega. E quando a alvorada floresce na lembrança, como dourados nos reluzem aos olhos os mesmos diamantes que jamais veremos iguais. Pois nesta aventura que é a vida havemos de estar o tempo todo apaixonados. Sim, hoje eu sei que me perdi e fui tolo porque não valia o esforço de brigar com quem seria incapaz de lutar até o fim. Desculpa se um dia eu fugi, pois perdi a fala quando me faltou coragem e a força que tenho nas mãos é a mesma que as faz tremer. Logo um peixe de briga, bomba que explode no ventre da tormenta, eu vomito o anzol que me dilacera a garganta na ressaca do mar revolto em que um dia eu mergulhei. Assim eriço opérculos ao travar combate e espero a vez de seguir a corrente, já que a mentira é uma isca sedutora e a inveja, o atalho do preguiçoso... Ouça a criança que existe em você. Todo coração é um Sol e há de brilhar com toda intensidade... Sei que é triste e isso machuca, mas é verdade. No fundo do coração da criança, não me era permitido chorar. É quando o homem se olha no espelho e não se reconhece. E canções que nos redimem são tudo o que nos resta quando os nossos brinquedos se despedaçam eternamente esquecidos em algum canto do quarto. E sempre que a espiral do tempo nos tira da realidade, ela me leva numa transversal de volta àquela época. É quando o meu coração dilacera e a minha alma chora. E sigo esta estrada sem saber o caminho de volta para casa..."



Azure
"O sonho não acabou, está apenas começando. É tarde demais para adormecer-te, o dia já amanhece. Veja o fogaréu que incendeia a noite! O Sol é chama e nunca se apaga, como a tua fé por dias melhores até a aurora trazer-te uma nova esperança. Nossos sonhos nunca morrem enquanto acreditarmos neles... E você ainda pode sonhar, no firmamento germina um novo dia! Mas já que esta canção te toca o coração, então a cantemos juntos como a uma prece porque, quando a manhã raiar, um choro de alegria será a chuva de verão que lava a tua alma: o sonho mais bonito de nossas vidas. Escute nossos corações em sintonia com esta canção... E o que você quer sonhar agora na hora em que é chegada a aurora? Pois nesta noite construíremos uma ponte entre o sonho e o que chamam realidade até o impossível realizar-se um desejo em algum lugar onde possamos viver tudo o que nos é permitido sonhar. O céu azul vai clarear e tudo será sonho porque é da noite turva o céu mais estrelado. E meu coração é o Sol na bela manhã que nasce..."



Sonata (Acústica)
"Eu te fiz esta canção para lhe dizer que não aceito hesitação, tampouco dissimulação. Assim te tenho mais perto, bem mais perto de mim, como não pudesses partir. Guarde-a junto ao coração... Afaga esta cantiga em português arcaico, pintada de memória das galeria de algum museu. Sortida em rimas pobres, canção fora de moda carpintada pelas mãos deste homem rude aqui. Humilde cantador, mudo; aprendiz de poeta, sem palavras - esquecidas no passado, resgatadas no presente. E se não podes estar aqui, guarde-a junto ao seio qual a prece em teu amuleto. Só peço que tu não te esqueças de tudo aquilo que eu não esqueci... Quando você partiu, pintei de cinza meu céu cenográfico e mergulhei na escuridão da noite, mas sei que a Lua vai brilhar! E quando eu te reencontrar na esquina onde o acaso mora, traga a mesma chama nos olhos, porém ainda mais radiante. Assim veremos seus pares no céu e fugiremos como vampiros porque o dia há de raiar um brilho eterno que só se sente de olhos fechados e a luz que deles irradia acalenta toda saudade, traz sentido à fé no futuro e assim re-aprendemos a sonhar... Venha ver as estrelas no céu em chamas da bela manhã que nasce. O brilho fascinante dela colorindo a noite escura como a bela melodia que te afaga na infância, tua memória mais bonita desenhando novos sorrisos. Escolha a estrela mais bonita do céu e tudo será seu. Tudo o que vem de lá é bom, até a chuva que cai em véu..."



Shadowplay
Joy Division cover


New Day Rising
Hüsker Dü cover


Sonata ao Luar (take 2005)
"Eu te fiz esta canção para lhe dizer que não aceito hesitação, tampouco dissimulação. Assim te tenho mais perto, bem mais perto de mim, como não pudesses partir. Guarde-a junto ao coração... Afaga esta cantiga em português arcaico, pintada de memória das galeria de algum museu. Sortida em rimas pobres, canção fora de moda carpintada pelas mãos deste homem rude aqui. Humilde cantador, mudo; aprendiz de poeta, sem palavras - esquecidas no passado, resgatadas no presente. E se não podes estar aqui, guarde-a junto ao seio qual a prece em teu amuleto. Só peço que tu não te esqueças de tudo aquilo que eu não esqueci... Quando você partiu, pintei de cinza meu céu cenográfico e mergulhei na escuridão da noite, mas sei que a Lua vai brilhar! E quando eu te reencontrar na esquina onde o acaso mora, traga a mesma chama nos olhos, porém ainda mais radiante. Assim veremos seus pares no céu e fugiremos como vampiros porque o dia há de raiar um brilho eterno que só se sente de olhos fechados e a luz que deles irradia acalenta toda saudade, traz sentido à fé no futuro e assim re-aprendemos a sonhar... Venha ver as estrelas no céu em chamas da bela manhã que nasce. O brilho fascinante dela colorindo a noite escura como a bela melodia que te afaga na infância, tua memória mais bonita desenhando novos sorrisos. Escolha a estrela mais bonita do céu e tudo será seu. Tudo o que vem de lá é bom, até a chuva que cai em véu..."



Sol Negro (acústica)
"Meu coração é vermelho, quente como um raio de Sol que pulsa do coração da Estrela. A tua boca é vermelha --saliva ardente, lava de um vulcão. Confia em teu coração... A boca de mulher adorna um sorriso, no peito bate um coração de menina. E a tua respiração ofegante me diz tudo aquilo que eu quero ouvir, pois dos teus olhos vejo duas labaredas, quentes como a chama nos teus lábios. É lava, mergulho em plena cratera deste vulcão chamado coração. - Deixa o Sol sangrar o céu da noite..."



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